terça-feira, 10 de abril de 2012

O Farol

Um Farol, lá em cima, no meio das nuvens.

Um Farol, brilhando, acima, impossível o suficiente para alguém ver.

Um Farol Explodindo em chamas, porém ninguém percebe, porque ninguém pode ver, ninguém pode sentir.

Um Farol posto em cima a uma terra flutuante, vermelho como o sangue, vermelho como uma rosa.

Um Farol, tão comum, Tão comum, que eles não percebem que é diferente.
Que é simples.
Ambíguo.

Um Farol nas nuvens, esperando para ser acendido, dando aos pássaros um lugar para voltar, para que voem de volta.

Um Farol, bem feito o suficiente que mesmo sendo simples, chega a ser surpreendente.

Um Farol... Apenas um farol que ninguém reconhece.
Tão desconhecido.

Um Farol... Apenas um farol.
Porém ele está nos céus.
Nas nuvens.
com os pássaros.

Só basta levantarmos e enxerga-lo para que podamos voar como águias, e pisar como homens.
Tocar nas nuvens como gaivotas, e nas águas como pinguins.
Pousar como bem-te-vis, e sonhar como uma criança.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Bela gravata.

Famoso;

Glorioso;

Fatidicamente se estendia o big ban, sobressaindo as nuvens mais altas de Londres.
 - Vai ser hoje... - Gritava eu ao meio de risadas enlouquecidas pelo mais fanático dos venenos.

Andava por entre as ruas, com uma cobertura sanguinária de seres vivos pensantes;
Andava com as os pés sobre o lhano, do qual ansiava pisar novamente, enquanto me despistava lentamente de todos esses que rotulamos homens;
- Hoje - Pronunciei mais baixo que um sussurro.

domingo, 8 de abril de 2012

Falenas

Um desencontro úmido de um único ser;
Uma briga externa entre falenas;
Banhando-se em negros rios;
e em céus célebres.

Como um feto;
Privando a si o imenso mundo;
De dentro em sua madre.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Simples.


Estávamos no meio do parque. Andávamos de volta para casa, poucas pessoas ainda desfrutavam naquele ambiente. Uma família que andava conversando e rindo me chamou atenção. O pai mais alto segurava o filho, que devia ter uns cinco ou seis anos nos ombros, a mãe andava ao seu lado sempre sorrindo e segurando a mão de um menino mais velho, que andava ao seu lado comendo algodão doce.

terça-feira, 13 de março de 2012

Queime

Seus imbecis , vão retirar as merdas que dizem;
Deus abençoe-vos;
Talvez acreditem ainda nestas besteiras.

Talvez melhorem, ou explodam nos milhões de sois;
A minha ideia já está formada;
Explodir, como fazem com zumbis, como vocês fazem com as outras.

Deixe-me contar essa estória;

Vá embora chuva, vá;
Mas volte como um impune milagre, maldito, tentando recuperar o que há de vida;
A vida que vocês destroem por dentes de ouro maltratado.

Só sinta o cheiro dessa terra úmida;
Só sinta o cheiro da mesma terra queimada.

Agora sinta o seu cabelo, úmido, e logo após queimando;
Do mesmo jeito que você vê.

Perceba seus olhos derretendo, não em lágrimas,
Assim como você ignora.
Já sem rosto, sorria, com dentes carbonizados;
Sorria com seu peito apenas em carne.

Sorria, porém sem alguma sequer lágrima;
Você merece.