segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Lua


A lua estampada no céu negro iluminava levemente as águas escuras e calorosas da piscina. Eu a abraçava pela cintura, e carregava duas toalhas ao meu ombro, para que nos enxugássemos após o banho. Aos poucos fomos entrando naquela água fria, fria como a noite que se sobressaia sobre nós encantada, e nos acostumando lentamente com aquele novo ambiente. Talvez um dos melhores dias da minha vida... talvez o melhor...


As árvores cobertas por sombras escuras nos espreitando e sorrindo com o nosso trocar de olhares;

As nuvens navegando contra as correntes de ar, procurando o nosso singelo entrelaçar de mãos.

Sorri olhando para seus olhos. Aqueles olhos que tanto me acolhiam.
Como se fosse um lar, caloroso e seco, ao meio de uma tempestade de neve irritadiça e úmida.

Aquele dia se via um de tamanha importância para mim.
Não apenas porque era o nosso aniversário.
Mas também porque era o Dela.

Sim... o Dela.

Seus braços, ao meio da água transparente, se puseram nos meus ombros me puxando para perto.
Estendi os meus e a abracei pela cintura, e ao lado do frio senti o calor, como se estivesse querendo me proteger, me abrigar.

Sorri apertando mais o abraço.
Dizendo sem palavra alguma que a queria por perto... para não menos do que o sempre.

As águas frias se formavam em ondas suaves no roçar de almas;

Daquelas duas que ali repousavam entrelaçadas.

Como se fossem uma única.

Uma única alma se banhava nas águas escuras;

Onde a lua iluminava;

E as árvores assombravam.


Abri os lábios mais uma vez, e um sorriso se formou sem ser visto por ninguém.

Um comentário:

  1. Owwwn amor! Eu nunca vi um texto tão perfeito em toda a minha vida! Você descreveu muito bem! Eu te amo muiiito!

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