segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Memórias - Conto



**Bem, para ler esse conto é preciso que quando seja visto um numero parecido com esse: [1] pule para a parte que ele indicará ex: "Parte1", só parando de ler quando chegar em um dos "Fim", até porque, o conto eh composto por 3 finais que você decidira qual será. Obrigado.**
O garoto estava descendo as escadas de um prédio, ele não parava de correr, aparentemente fugia de alguma coisa, ou de alguém. O ambiente estava totalmente escuro, nos dois andares que ele descera não encontrou nenhuma fresta de luz. Desconfiava que estivesse de noite, porém, não tinha muita certeza. Mais outro andar, agora só faltava 47 andares. O garoto por um momento parou, olhou para a porta que levava ao andar numero 48 escrito em uma tinta vermelha, a cor do sangue. Ele se assustou, porém, já vira coisas piores, BEM piores. Ficou lá pensativo por alguns segundos, sem saber o que fazer, tinha que pensar rápido, havia alguém atrás dele, alguém que se o encontrasse, certamente não deixaria sair vivo daquela espécie de prisão. O seu ultimo respiro foi decisivo, então ele continuaria descendo as escadas ou entraria na porta? Ele teria que decidir, a sua vida dependia disso.


O garoto suspirou e escolheu entrar na porta, a abriu com um pouco de dificuldade e se deu de cara com um corredor muito estreito para uma luta, pisos amarelos se estendiam nele todo, ao lado tinha dois elevadores e no fim duas portas. “Droga” ele pensou, se pegassem ele lá, estaria acabado. Viu-se obrigado a escolher novamente, porém, só existia uma solução racional... VOLTAR!... Mas, quem disse que ele raciocinou?, bem, entrar na casa de alguém que ele não ia. Apertou o botão do elevador, não esperou nem dois segundos que as portas do elevador se abriram diante dele. “Ótimo” ele pensou. Entrou no elevador, e o único que podia fazer agora era esperar e pensar. O garoto se sentia desconfortável com o espaço que tinha para si dentro daquela caixa de metal dos infernos. Em seguida Apertou o botão “T” de térreo, “Porque aquele assassino está me perseguindo?“, “Porque que eu estou fugindo?” Essas perguntas circulavam pela sua mente como se fosse água sendo despejada em um copo vagarosamente. Ele não se lembrava de nada, além de estar deitado em uma espécie de cama, e do sangue, vermelho vivo que permanecia silenciosamente em diversos potes de vidro. Medo. O garoto pela primeira vez sentia muito medo, depois de acordar ele se levantou e correu o mais rápido que pode para o primeiro lugar que vira. Sim, esse lugar foi as escadas. Olhou para trás por menos de um segundo, e reparou em seu assassino com um guarda-pó branco, cabelos escuros como o céu sem estrelas. E olhos, olhos que estrangulavam somente pelo fato de olhar pra eles. A porta do elevador se abriu fazendo a mente do garoto se dispersar completamente. Ele correu o mais rápido possível, sem perceber o assassino ao outro lado da porta, ele tomou um susto. Começou a tremer enquanto recuava de volta pra dentro do elevador. Por sua vez o assassino entrou no elevador e voltou a apertar o botão que os levaria à cobertura. O garoto estava desesperado, tentava chutar, bater, e por fim sem sucesso ele desistiu se agachando em um canto. “eu vou morrer, eu vou morrer” sussurrava quase chorando. O assassino não falou nada, apenas esperou os 50 andares se esfumarem abaixo dele. Lagrimas escorriam pela face do garoto como se fosse sangue jorrando de uma ferida profunda e fatal. Por fim o andar 50 abre as suas portas para os dois seres que esperavam nada pacientes. O suposto assassino pegou o menino pela gola e o atirou para fora do elevador. Ele gritou de dor logo após de se bater contra a mesa derrubando algumas ferramentas de trabalho ao seu lado, o assassino pareceu por um segundo sentir pena do garoto. - Fique QUIETO! – Gritou o assassino saindo do elevador e observando o garoto, Um chute foi desferido nas costas do menino que se contorcia de dor.
- Quem você é? – A voz do menino não passava de um sussurro.
- Você Deveria me perguntar quem VOCÊ é!
- Eu sei quem eu sou!
- Quem? – Falou o assassino com um tom de voz ameaçador – Quem? VAMOS ME DIGA! QUEM VOCÊ É? – O Garoto ficou sem resposta, por algum motivo, ele não sabia responder essa pergunta. O menino pensava. Imediatamente ele avistou uma faca repousando a poucos centímetros de sua mão. Ele a pegaria? [1]

([1] Se você escolher pra ele Pegar a faca e ir atacar o assassino pule para a parte 1. se não, continue lendo)

Não... Em que o garoto estaria pensando, porque pegar a faca? O assassino não tentara matá-lo, pelo menos ainda não. O assassino viu que a mão do menino estava próxima demais da faca, e sem pensar duas vezes sacou uma arma do seu guarda-pó apontando a para o garoto.
 - Não tente nenhum movimento brusco, se não vou ser obrigado a te mandar para o mundo dos mortos – Depois de ouvir isso o garoto puxou a mão de volta ao corpo tremendo de medo, os seus olhos apavorados olhando para o cano da pistola do assassino, que estava a poucos centímetros de sua testa.
- O que você quer comigo? – Perguntou o garoto com a voz meio tremida, o assassino demorou para responder, era como se ele estivesse pensando em uma resposta, ou até mesmo inventando uma.
- Garoto, toda terça é a mesma coisa. Você acorda sempre no mesmo lugar, levanta, sai correndo para as escadas, como se eu fosse um Assassino – Ele deu uma pausa para respirar e continuou – Eu vou atrás de você, porque preciso te ajudar. Faz mais de um ano atrás que você perdeu a memória em um acidente de carro, estava você sua mãe e o seu pai, quando um caminhão não conseguiu desviar do seu carro, e bateu. Seus pais morreram de imediato, mas você garoto, você sobreviveu, teve que pagar um preço para isso, e esse preço foi a sua memória. Eu sou um neurologista, preciso recuperar a sua memória, para a minha investigação, descobrir coisas novas acerca do cérebro humano, eu estou sendo pago para isso – Silêncio... Silêncio total reinava naquele ambiente, o garoto não sabia o que fazer, o que falar, no que acreditar. Ele estava totalmente confuso sentado no chão olhando para o nada e pensando em milhões de coisas ao mesmo tempo. O assassino baixou a arma, e agora apontava para o chão sentindo que o menino não seria mais um problema.
Será que o garoto deveria acreditar ou talvez não? [2]

([2] Se você escolher pra ele não acreditar na historia que o suposto assassino contou pule para a Parte 2. se não, continue a ler)



- Isso é verdade? – Perguntou o menino ainda desconfiado, mas se deixando levar pela historia do neurologista.
- É a mais pura verdade – Respondeu ele parecendo sincero – Por favor... Acredite em mim – continuou ele já praticamente implorando para o garoto, como se a sua vida dependesse disso. Depois de alguns segundos de silencio o garoto se decidiu levantando do chão.
- Tudo bem, o que eu devo fazer para ajudar?
- Por favor, deite-se na cama que eu vou fazê-lo dormir, para que não sintas dor – Falou o neurologista fazendo o garoto desconfiar por poucos segundos.
- Ok – assentiu ele indo em direção a cama e deitando.
- Muito bem – Aprovou o neurologista se aproximando da mesa e recolhendo as ferramentas que tinham caído no chão. Logo depois ele arrumou as ferramentas em cima da mesma e escolheu uma seringa larga, colocou algum liquido na mesma, com dois passos ele chegou ao lado do garoto e não sei como exprimiu aquela seringa em algum lugar da cabeça dele, um pouco mais a cima da orelha fazendo-o dormir de imediato.
Mais um trabalho que eu não consegui terminar, estava quase, mas no final o garoto escolheu a opção mais racional, ele escolheu não morrer. Mas enfim... Não vou ficar me lamentando, até porque eu não recebo nada por esse trabalho. Para vocês leitores que ainda não me conhecem, eu sou algo indefinido, algo muito longe de ser um simples humano, algo que não tem forma. Alguns me chamam de Morte, outros me chamam de Deus, natureza, e diversos outros nomes sem importância, eu não tenho nome, não é preciso de um nome para exercer o meu papel.

Fim



(Parte 1)
Com uma velocidade incrível o garoto pegou a faca e a posicionou um pouco antes do pescoço do assassino
- O que você quer comigo? – Perguntou o garoto com a voz meio tremida, o assassino demorou em responder, era como se ele estivesse pensando em uma resposta, ou até mesmo inventando uma.
- Garoto, toda terça é a mesma coisa – Começou ele sem medo - Você acorda sempre no mesmo lugar, levanta, sai correndo para as escadas, como se eu fosse um Assassino – Ele deu uma pausa para respirar e continuou – Eu vou atrás de você, porque preciso te ajudar. Garoto, faz mais de um ano atrás que você perdeu a memória em um acidente de carro, estava você sua mãe e o seu pai, quando um caminhão não conseguiu desviar do seu carro, e bateu. Seus pais morreram de imediato, mas você garoto, você sobreviveu, com graves ferimentos, mas conseguiu sobreviver. Eu sou um neurologista, preciso recuperar a sua memória, para te ajudar e descobrir coisas novas acerca do cérebro humano, eu estou sendo pago para isso – Silêncio... Silêncio total reinava naquele ambiente, o garoto não sabia o que fazer, o que falar, no que acreditar. Ele estava totalmente confuso em pé olhando para os olhos do dito neurologista e pensando em milhões de coisas ao mesmo tempo.
 - MENTIRA, PURA MENTIRA! – Gritou o garoto. O assassino não movimentou mais nenhum músculo, e provavelmente nunca iria fazer isso novamente. Agora a faca tinha perfurado a sua garganta, sangue escorria pela mesma manchando a gola da sua camisa branca de um vermelho vivo. Ele tinha falecido. O garoto depois disso estava tremendo, estava horrorizado pelo que acabara de fazer, jogou a faca para um lado e correu para as escadas, que por fim desapareceu da minha vista. Eu me agachei, segurei aquele corpo que tinha acabado de cair no chão e puxei-o para fora de si. O corpo do suposto assassino continuou lá imóvel, porém uma replica dele repousava levemente no meu ombro, agora teria que levá-lo para o mundo dos mortos. Para vocês leitores que ainda não me conhecem, eu sou algo indefinido, algo muito longe de ser um simples humano, algo que não tem forma. Alguns me chamam de Morte, outros me chamam de Deus, natureza, e diversos outros nomes sem importância, eu não tenho nome, não é preciso de um nome para exercer o meu papel. E hoje a minha tarefa tinha sido cumprida com perfeição.

Fim



(Parte 2)
- MENTIRA – Gritou o menino aproveitando a chance para pegar a faca e partir para cima do assassino. O garoto agora voava com a faca na mão para levar o desconhecido para bem longe, provavelmente ele iria para o mundo dos mortos. O assassino não movimentou nenhum músculo, somente levantou a arma e puxou o gatilho. A bala perfurou exatamente o meio do peito do garoto, que por sua vez caiu para trás soltando a faca no ar e saindo de sua boca um grito de dor apavorante. A expressão do atacante era fria, porém percebia-se que ele não queria fazer isso. Logo depois ele se abaixou, e fechou os olhos do garoto, que mesmo depois do tiro continuou aberto.
- Sinto muito – murmurou o assassino para si próprio. Finalmente eu me agachei, segurei aquele corpo e puxei-o para fora de si próprio. O corpo do garoto continuou lá imóvel, porém uma replica dele repousava levemente no meu ombro, agora teria que levá-lo para o mundo dos mortos, junto com a sua família, que lá o esperava. Para vocês leitores que ainda não me conhecem, eu sou algo indefinido, algo muito longe de ser um simples humano, algo que não tem forma. Alguns me chamam de Morte, outros me chamam de Deus, natureza, e diversos outros nomes sem importância, eu não tenho nome, não é preciso de um nome para exercer o meu papel. E hoje a minha tarefa tinha sido novamente cumprida com perfeição.

Fim








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