quinta-feira, 14 de julho de 2011

Caminhos

Era um dia qualquer. Em um lugar qualquer.
Folhas secas estavam à frente, traçando um caminho inesperado. Um caminho que nunca havia visto.
Sentei-me em um banco desgastado pelo tempo, mas que mesmo assim possuía uma beleza inegável.

Assim como as pessoas.

Sentei-me e apenas observei. Percebi nos detalhes coisas que nunca tinha observado. Tinha visto.
Mas não observado.
Vi a neve cair sobre meus cabelos, e traçar um caminho em minha pele. Senti o vento soprar forte, como se implorasse para ser compreendido.
Porque ouvir é uma coisa, e escutar é outra.
Observei o mesmo, arrastar as folhas para longe... E as folhas no mesmo impulso dançando sobre o ar. Senti a brisa das arvores, com suas danças sagradas.

Em um súbito impulso me joguei sobre a neve, senti as minúsculas partículas de gelo cair em meu rosto,
Mas eu não me importei.
Eu apenas senti.
E então fui submersa em pensamentos de valores semânticos inegáveis, insubstituíveis.

Será que estou evoluindo?

Percebi que os detalhes da natureza são iguais ao detalhes de qualquer pessoa. Quanto mais se vê mais se aprende, mais se maravilha mais se encanta mais se prende mais se descobre mais evolui.
E percebe que a cada passo dado, é um caminho novo, desconhecido, inesperado.

Mas sempre será um caminho de valores insubstituíveis.
Você pode passar por ele quantas vezes quiser, mas sempre terá uma visão diferente.

Porque o caminho não muda, mas o seu ponto de vista sim.

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