quinta-feira, 25 de novembro de 2010
El Juego del Ángel
Um escritor nunca esquece a primeira vez que aceita umas moedas ou um elogio por uma historia. Nunca esquece a primeira vez que sente o doce veneno da vaidade no sangue e acha que, se consegue que ninguém descubra a sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de colocar teto sobre a sua cabeça, e um prato quente no final do dia e o que mais deseja, seu nome impresso em um miserável pedaço de papel que seguramente viverá mais do que ele. Um escritor está condenado a lembrar esse momento, porque até então está perdido e sua alma tem preço.
(Carlos Ruiz Zafón)
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